segunda-feira, 9 de maio de 2011

- Confusa !

  Sim menina, eu sei que estás confusa e que não sabes o que fazer. Sim menina, eu sei que tu sentes medo e tem vergonha de admitir isso. Sim menina, eu sei que não confias falar destes medos há ninguém. Eu sei – menina – eu sei. Mas o que é que eu lhe posso dizer? Já buscastes todas as respostas dentro de você? Sei que já! Sei que já buscastes menina. Mas o medo nos deixa cegos, já percebestes isso? O medo nos tira a visão. O medo nos tira o poder de enxergar aqui dentro: o que é que se passas... E o medo, muitas vezes, nos faz agir sem pensar. Então, pare menina. Pare agora e pensas melhor. Pensas melhor, menina. Preocupar-se não adiantará nada. Busca soluções, menina. Busca soluções... 

Sei que quer falar, mas sei que não consegue. Dá para notar de longe teus olhos aflitos e longes... Teu olhar não tem o mesmo brilho, menina. Teu olhar encontra-se disperso, quase inalcançável. – Sei que tentas disfarçar, menina. Sei que procura falar que “está tudo bem” quando as pessoas notam as diferenças em você, quando notam teu olhar distante e teu recolhimento. Eu sei – menina – eu sei. Eu sei que estas te esforçando ao máximo, eu sei que busca forças onde não existem forças, eu sei que disfarça as dores... Sei que tenta ser corajosa – menina – eu sei.
Mas o que é que lhe posso fazer? Dar-te uma porção que um gole dela resolverá todos os teus problemas, lhe parece pouco. E sei que não é isto que queres... Queres apenas segurança – menina – queres mandar estes medos embora, e, repito: queres segurança.


Mas o que é que lhe posso fazer? Sei que estás frágil e com medo, menina. E sei que não podes falar disso com ninguém. Sei que agora neste momento busca forças lá dentro de você, buscas respostas lá dentro de você, e, sei que estas tentando tirar tua aflição em meio a palavras. E o que é que lhe posso dizer? Apenas: “buscai respostas menina e não deixes fazer-te cega”. Acalma-se – menina – o sol voltará a brilhar amanhã bem cedo.




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